Relacionamentos

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Quase sempre, aquele(a) que se aproxima de nós traz aquilo que mais temos dificuldade em reconhecer em nós mesmos. Explico: o defeito é sempre do outro e por isso nos incomoda tanto.

Como não conseguimos reconhecer e admitir as nossas fraquezas, o Universo sabiamente nos envia pessoas que possam espelhar aquilo dentro de nós que não conseguimos ver. É muito mágico. Mas tem que estar esperto, senão a culpa será sempre do outro.

Entretanto, quando se trata de um relacionamento a dois é pior ainda. Digo, mais intenso. Incomoda mais.

A outra pessoa age como um espelho de nós mesmos. Como estamos na escuridão nesse determinado aspecto, não temos a consciência deste, digamos, defeito. Não conseguimos vê-lo em nós. E o outro faz este papel de trazer a luz aquele aspecto e torná-lo consciente.

Mas se não estivermos precavidos, não conseguiremos vê-lo como nosso. O problema vai parecer ser do outro. Se não houver luz (amor) no relacionamento, virão as acusações e as reclamações. Como sair disso?

Dando dois passos para traz e observando como uma terceira pessoa. Um terapeuta ou um bom amigo preparado, podem nos ajudar a ver isso através do amor, colocando luz na situação. Quando alguém recomenda um psicólogo não significa que você está ficando louco, significa que você tem que olhar para si mesmo.

E só então será possível começar dissolver a crise.

No começo de um relacionamento amoroso de duas pessoas bem diferentes umas das outras pode haver muito atrito. E, creia-me, isso é bom!

Não precisa a pedra bruta ser lapidada através de muito atrito para virar um diamante?

Assim, se houver muito atrito no começo de um relacionamento pode ser até um bom sinal. As diferenças são do Ego. O amor é uno. Portanto, se aprendermos a deixar o Ego de lado, e se o amor for maior, o relacionamento vai vingar. Poderá dar certo.

Pra sempre?

Olha! O amanhã, assim como o ontem não existem. Só existe o agora.

Mas pode, pode dar certo.

Pode ser que no início a frequência das crises seja maior, à medida que se for superando uma a uma, elas vão se tornando mais fáceis e menos frequentes. Mas não tem como pular cada uma. Por causa dos registros emocionais pode parecer que voltou tudo à carga como na primeira vez, mas a cada nova crise você estará em outro patamar, mais elevado, com mais condições de resolver.

Lembre-se que o Ego tende a exagerar tudo, então pode parecer que a crise atual é a mesma da primeira vez, mas não é. Você agora já sabe como saiu da primeira e já tem novas vivências, novos conhecimentos, mesmo emocionais, e você vai sair mais fácil.

Sempre consulte o seu coração perguntando: nosso amor é maior do que isso? Talvez esta seja a chave. E você vai descobrir que vai valer a pena.

E o amor é uma energia que não se transmuta, ela não se transforma, o amor é!

Assim, uma vez que se amou alguém ou algo, esse sentimento não morre. Quantos casais esperam que o amor antigo seja esquecido para então amar de verdade. Não é assim. Se for amor, vai durar muito, quase que para sempre.

Não tem como transformar o que foi amor, basta respeitar esse sentimento em si mesmo e no outro. Matar o outro também não mata o amor.

O amor fica.