Espaço Sagrado

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Espaço Sagrado é o respeito. Cada ser na natureza, seja um animal, pedras, ser humano tem um espaço e merecem ser respeitados. Cada animal possui o seu próprio território e respeita o território dos outros. Se o espaço pessoal for respeitado ele se torna um Espaço Sagrado.

Todo este ensinamento vem da natureza, que nos ensina como se desenvolver criativamente e em harmonia. Aos humanos este conceito de Espaço Sagrado vai além dos limites físicos e abrange as nossa moradias, os pertences e também nossos sentimentos. Mas mesmo que uma pessoa pense diferente de nós, não é uma questão de nos sentirmos invadidos, mas de respeitar as diferenças de opiniões, sem que precisemos nos defender ou nos justificar.

Os índios americanos tinham este conceito muito bem resolvido e era praxe o respeito aos anciões e sua sabedoria, bem como a valorização dos pertences individuais, que não mexiam sem pedir permissão; também não adentravam uma floresta sem pedir permissão aos seres que ali habitam.

É muito importante definir as próprias fronteiras e descobrir o seu lugar favorito, um lugar só seu onde possa estar sozinho de vez em quando. Este pode ser um espaço físico ou mesmo apenas criado na sua mente e no seu coração; para que possamos aprender a estar sozinhos conosco mesmos e ouvir os nossos sentimentos. Neste lugar só entram pessoas convidadas e com sua permissão.

Este princípio ressalta o respeito que devemos ter pelos bens, ideias, lares e mesmo a personalidade dos outros, assim como pelo nosso próprio ser interno. Mas tem que demarcar claramente o próprio território; o outro não é obrigado a adivinhar. Pode ser um hóspede, uma visita ou um novo relacionamento; podemos estabelecer e deixar bem claro quais são as normas aqui para ser respeitado; aprenda a dizer não!

Não é importante que os outros gostem de você, mas que se sinta capaz de conviver em harmonia consigo mesmo.

A felicidade não começa pelo lado de fora. Ela brota de dentro.

 

Baseado no livro de Jamie Sams: As Cartas do Caminho Sagrado, Ed. Rocco, 2a.ed., 1996. Rio de Janeiro. 355 pp.