Da AIDS para o Reiki

No artigo anterior (“Aprendendo com a AIDS”), citei que em 1992 fui diretora de um hospital de infectologia que atendia, à época, entre outros, pacientes com AIDS. Não havia muitas opções de tratamento e ninguém sabia bem o que era imunidade.

Na mesma época em que a AIDS assolava em muitas regiões, no ano de 1992 recebi 10 sessões de Reiki e isto transformou minha vida; parece mágico, mas realmente foi. Desde maio de 1992 não consegui mais comer carne ou animais; da noite para o dia. Já vi isto acontecer com outras pessoas que receberam Reiki ou foram iniciadas. Também deixei um cargo de professora universitária que me trazia muita frustração. Mantive apenas o que me dava prazer.

Abandonei o hábito exagerado de beber café. E não parou por aí. Resolvi assumir a espiritualidade na minha vida; não a religião porque eu até que era bastante religiosa, mas passei a aprender coisas espirituais, que independem da religião. Desde essa época aprendi a meditar e foi muito bom. De muito agressiva e inquieta comigo mesma, passei a ser mais calma e me aceitar melhor. Só que no começo ninguém nota isso; era frustrante: eu me sentia muito melhor comigo mesma, mas não conseguia demonstrar na prática toda essa transformação. Parece que o processo é assim mesmo. Depende de muita paciência e amor para consigo mesmo. Descobri que para ser amada era preciso me amar antes; profundamente.

Não disse que foi fácil, mas foi muito lindo. Conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram nessa transformação.

Hoje, olhando retrospectivamente, percebo que aprendi a fazer escolhas e não apenas decidir pela opinião dos outros. Aliás, quando a corrente vai numa direção, quase sempre estou no sentido contrário; e feliz com isso. Toda unanimidade é burra, de acordo com Nelson Rodrigues.

Descobri que é possível ser feliz, com tudo o que a vida nos reserva; aceitando a vida como ela é, com seus altos e baixos, e que é possível transformar aquilo que ainda não é perfeito e torná-lo um pouco melhor, até que chegue à perfeição.