A cura: efeitos “colaterais”?

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Pode acontecer que durante um tratamento, seja terapia psicológica ou limpeza espiritual, a pessoa passe a se sentir muito “mal” imediatamente após.

— Fiquei “tão mal” após a seção!

Ou mesmo:

— Este atendimento “me fez mal!”

Muito cuidado na interpretação porque a mente, mente. Nunca é demais repetir.

O que, mais detalhadamente, foi tão mal pra você? Lembrou-se de tudo que tinha vivido, veio todo o sofrimento novamente e por três dias ficou psicologicamente abatido? Sim, mas e depois? Depois de uns dias ficou muito leve e sentindo-se feliz como se muito peso tivesse sido removido das suas costas? Sim?

Quando se sofre uma perda ou sofrimento intenso, um luto, e não conseguimos nos permitir sentir isso, as emoções são rechaçadas para algum lugar dentro de nós. Elas não desaparecem simplesmente. Quando há uma intervenção terapêutica ou mesmo espiritual, é como se o filme passasse todo novamente, com toda a intensidade e dor. Só que no sentido inverso. Até chegar ao ponto onde tudo começou, sem dor.

E aí a pessoa está curada, agora verdadeiramente. Muitas são as técnicas de cura onde isso acontece e não conheço todas, nem é o escopo deste texto abordá-las aqui. Mas é absolutamente possível curar traumas e bloqueios passados. A cicatriz fica, mas a dor não está mais ali.

Sempre lembrando que a cura se faz em etapas.

Estando a cura estreitamente vinculada com a verdade, quase sempre é preciso “ver”, reconhecer a verdade, para que a cura ocorra. É bem difícil aceitar a verdade, principalmente quando se está sofrendo por evitá-la.

Em qualquer terapia há que se mergulhar nos porões da alma, ou no fundo do oceano, como no Hino da Pérola, para nos encontrar e alcançar a cura. Segundo o livro Um Curso em Milagres, escolhemos a doença por uma falta de verdade; isto pode ser muito forte!

Muito amor e humildade seus, também para aceitar a ajuda de outros, podem ser fundamentais nesse momento.