A meditação é simples, deve ser simples

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Meditação pode e deve ser simples. Tudo o que não for meditação, é complicado; a meditação ela mesma, é simples, deve ser simples. E tem que dar certo; não tem como ela dar errado. A meditação sempre dá certo.

A meditação é uma entrega. Quando você fecha os olhos, você abre mão do mundo exterior e é introduzido no seu mundo interno, que é infinito. Mesmo quando há barulhos, sempre há um pouco de silêncio sob e entre os sons, comenta Eckhart Tolle, em O Poder do Agora, um livro marcante na minha vida e na vida de muitas pessoas. Segundo este autor, nada neste mundo é tão parecido com Deus quanto o silêncio, talvez por isso o silêncio (e Deus) nos assustem tanto. Às vezes é mais cômodo negá-lo.

A existência de Deus independe de se acreditar nEle ou não. Entendi porque quase todos nós fugimos do Agora. O momento presente, o Agora, este instante é muito grande; enorme e grandioso. E aí é que está Deus, que tanto procuramos em todas as coisas. E isso nos assusta terrivelmente. Quando entramos no silêncio vão vir primeiro os conceitos que temos de Deus, e isso não é Deus ainda. O Agora é um portal para além desta realidade em que vivemos.

Veja se isto lhe é familiar: “Passei a noite toda acordado pensando em resolver um problema”. A solução do que chamamos problemas na maioria das vezes não vem da mente; porque a mente é limitada. Talvez fosse mesmo melhor chamar de desafio. Se você estiver passando num desfiladeiro, como saber o que tem além das montanhas, ou mesmo se há alguém à sua espreita se você não enxerga adiante? Os índios “sentiam” o caminho e tomavam suas decisões; nós já fizemos isto no passado; como recuperar esse dom perdido?